Failover e a disponibilidade de sistemas em caso de falhas
Quando planejamos uma viagem longa de carro, é comum considerarmos imprevistos que possam ocorrer no caminho, como um pneu furado ou um problema mecânico. Em situações como essas, um carro reserva é a melhor solução para continuar a jornada sem interrupções.
Da mesma forma, no mundo da tecnologia, há inúmeras situações em que a disponibilidade contínua de sistemas e serviços é crucial.
Por exemplo, uma empresa que depende de um sistema de banco de dados para operações críticas não pode se dar ao luxo de ficar sem acesso a esses dados por um longo período de tempo.
Nesse caso, é essencial contar com uma solução de failover, que pode ser considerado um "carro reserva" para garantir que a empresa possa continuar a operar sem interrupções em caso de falha do sistema principal.
O que é failover?
Failover é uma estratégia de redundância usada para garantir a disponibilidade contínua de serviços e sistemas críticos em situações de falhas ou interrupções inesperadas. Isso porque, ele permite que um sistema secundário assuma o controle automaticamente em caso de falha no sistema primário.
Os sistemas baseados nessa estratégia são compostos por um sistema primário, um sistema de backup e um processo de detecção de falhas.
O sistema primário é o sistema em uso, enquanto o backup é o que entra em ação quando ocorre uma falha no sistema principal e o processo de detecção de falhas é o responsável por monitorar e detectar falhas assim que elas ocorrem, alertando o sistema de backup para assumir o controle.
Nesta estratégia, o sistema de backup permanece em operação até que o sistema primário esteja pronto para retomar as suas funções.
Vale destacar que existem diferentes tipos de failover, como ativo-passivo, ativo-ativo, manual, entre outros. Cada um com suas próprias características e funcionalidades para garantir a disponibilidade contínua dos serviços críticos, tornando-os uma parte essencial da infraestrutura de TI de empresas e organizações.
Componentes necessários para a redundância dos sistemas
Para que o failover funcione corretamente, é necessário ter os seguintes componentes:
- Sistema primário: É o sistema em uso que, em caso de falha, precisará transferir o controle para o sistema de backup.
- Sistema de backup: Trata-se do sistema secundário que assumirá o controle automaticamente em caso de falha do sistema primário.
- Processo de detecção de falhas: Este é o componente responsável por monitorar o sistema primário e detectar falhas assim que elas ocorrem, alertando o sistema de backup para assumir o controle assim que uma falha for detectada.
- Transferência de dados: Quando o sistema de backup assume o controle, é necessário transferir os dados do sistema primário para o sistema de backup, a fim de garantir que estejam totalmente atualizados e sincronizados.
- Retorno ao sistema primário: Depois que o problema é resolvido no sistema primário, é importante que os dados sejam sincronizados, fazendo-o assumir novamente o controle.
Exemplos de uso do failover
O failover pode ser usado em uma variedade de ambientes e sistemas para garantir a disponibilidade contínua de serviços e sistemas críticos. Neste sentido, podemos citar como exemplos de uso:
- Aplicações empresariais: Esta estratégia de redundância pode ser utilizada para garantir a disponibilidade de aplicativos e sistemas em empresas com bancos de dados, aplicativos de comércio eletrônico, sistemas de gerenciamento de inventário e outros.
- Serviços de nuvem: Fornecedores de serviços em nuvem usam o failover para garantir a disponibilidade de seus serviços em caso de falha do sistema. Isso inclui serviços de armazenamento em nuvem, hospedagem de sites e computação em nuvem.
- Redes de computadores: Além dos exemplos já citados, a redundância do sistema também pode ser usado em redes de computadores para garantir a disponibilidade contínua de conexões de rede, incluindo o uso em roteadores, switches e outros dispositivos de rede.
- Outros exemplos: Essa estratégia também pode ser usada em uma variedade de outros sistemas e ambientes, como sistemas de telefonia, segurança e controle de processos.
Em todos esses exemplos, o failover é usado para garantir que os serviços e sistemas críticos permaneçam disponíveis, mesmo em caso de falhas ou interrupções inesperadas.
Sem ele, essas empresas correm o risco de enfrentar interrupções significativas em suas operações, o que pode levar a prejuízos financeiros e à perda de credibilidade no mercado.
Principais tipos de failover
Existem vários tipos de failover que podem ser usados, dependendo das necessidades e requisitos específicos de cada sistema. Aqui estão alguns dos tipos mais comuns:
- Ativo-passivo: Nesse tipo, o sistema de backup fica ocioso até que seja necessário. Isso significa que ao ocorrer uma falha no sistema primário, o sistema de backup assume o controle automaticamente e permanece em operação até que o sistema esteja pronto para retomar o controle.
- Ativo-ativo: Aqui, ambos os sistemas permanecem em uso simultaneamente e compartilham a carga de trabalho. Desta forma, quando ocorre uma falha no sistema primário, o sistema de backup assume automaticamente sua carga de trabalho.
- Manual: Esse tipo de redundância de sistema, envolve a ativação do sistema de backup e a transferência de dados do sistema primário para o backup. Entretanto, isso deve ser feito manualmente por um administrador de sistema.
- Outros tipos: Alguns sistemas podem usar uma combinação de diferentes tipos para garantir a disponibilidade contínua dos serviços, este é o caso, por exemplo, do failover baseado em geolocalização, em que o controle é transferido para um sistema de backup em uma localização diferente.
O tipo de failover escolhido depende das necessidades e requisitos específicos de cada sistema.
Considerações e medidas de segurança
Quando se trata de implementar uma estratégia de redundância para garantir a disponibilidade contínua de serviços e sistemas críticos, é importante considerar as questões de segurança que podem surgir.
Proteger o sistema de backup contra ameaças de segurança, proteger os dados durante a transferência, controlar o acesso não autorizado ao sistema e testar regularmente o processo de redundância são algumas das medidas importantes a serem tomadas.
Além disso, proteger o sistema de backup contra invasões, malware ou acesso não autorizado é crucial para garantir que o sistema esteja adequadamente protegido. Também, é preciso proteger os dados durante o processo de transferência entre os sistemas, a fim de evitar a perda de dados ou violações de privacidade.
Outra medida é controlar o acesso ao sistema de backup e ao processo de redundância para evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso aos dados críticos.
Testar regularmente o processo e monitorar o sistema de redundância é outra medida para identificar quaisquer vulnerabilidades no processo e detectar ameaças, garantindo que ele funcione corretamente.
Importância do failover na era digital e perspectivas futuras
Na era digital, é fundamental que as empresas e organizações assegurem a continuidade dos serviços e sistemas críticos para evitar possíveis impactos negativos na produtividade, satisfação do cliente e receitas.
Nesse sentido, a redundância de sistema é uma estratégia crucial que possibilita a disponibilidade contínua dos serviços, transferindo automaticamente o controle do sistema primário para o de backup em caso de falhas.
À medida que as empresas se tornam mais dependentes da tecnologia, o failover se torna uma parte fundamental das estratégias de continuidade de negócios, permitindo a minimização do tempo de inatividade e maximização da disponibilidade dos dados.
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